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  • A incrível evolução da Geração Nem Nem Nem para Des Des Des

  • Semana passada, escrevi aqui e ali sobre o choque de gerações e o surgimento de uma nova, a alfa. Pois bem, desde que passei a assinar algumas colunas nas mídias digitais e impressas, sempre destaquei o fato de ser “professor”. No entanto, ressalto que os atuais “tempos obscuros” estão me assustando, principalmente no que tange a juventude local (sem generalizações pessoal!). É claro que, alguns pontos devem ser esclarecidos em relação a tal assombro, vejamos.
    Em primeiro lugar, cada vez mais crescente é a leva de estudantes que terminarão o Ensino Médio (2º Grau) e sequer sabem o que irão “fazer da vida”, ou seja não possuem um Projeto de Vida (ainda não conseguem responder aquela famosa perguntinha: O que você vai ser quando crescer?). Acrescente-se a isso, o fato de que pelo menos onde residimos, há diversas oportunidades gratuitas de cursos, em diversas áreas de nível básico, técnico e superior. No entanto, muitas dessas “vagas” acabam preenchidas por estudantes de outras regiões do país.
    Outro ponto que merece destaque, se dá com relação ao número “quase nulo” (para não dizer negativo) de jovens que ingressam em cursos de licenciaturas. Basta dar uma olhadinha nos cursos locais, ou até mesmo nas Universidades federais e estaduais. De fato, a profissão docente acabou ficando de lado (infelizmente já sabemos o motivo!). A grande maioria acaba preferindo um curso da “moda” ou do “status”, como dizem por aí. O fato é que cada vez mais temos menos professores no mercado!
    E por último, ressalto que em meio a tudo isso que estamos vivenciando, a tão conhecida “Geração Nem Nem Nem” (aquela que, nem estuda, nem trabalha e nem procura emprego), dará lugar a uma outra, afinal há evoluções ou involuções nesse meio, não é mesmo? Assim, “acho” que por aqui surgirá uma nova geração, a “Geração Des Des Des” (com profissionais desmotivados, despreparados e quem sabe, desempregados). Mas, calma pessoal! Eu só acho... Não tenho certeza alguma...
    Acrescento aqui um parêntese, acerca dos pontos supracitados. Defendo que cada qual, deva escolher a profissão que melhor lhe aprouver, seja ela com formação em nível técnico, superior ou até mesmo sem nenhuma formação. No entanto, em minhas aulas, sempre questiono os alunos sobre qual curso ou profissão seguirão. Alguns (poucos) “pretendem” cursar uma faculdade (Licenciaturas nem passam perto!), outros não. Alguns afirmam que irão trabalhar para possuírem o seu próprio dinheiro, outros não. E assim, seguiremos engrossando ainda mais as fileiras dos “Nem Nem”.
    Enfim, inúmeras podem ser as ponderações de hoje para outrora. No entanto, por aqui ao menos cabem as reflexões, discussões e quem sabe alguma solução, luz no fim do túnel, esperança (se é que já não morreu!) ou até mesmo um sinal de fumaça (opa... queimadas e fumaça não pode hein!), afinal, algo está evoluindo de forma errada! E precisamos mudar! “Talvez” a união de três grupos possam reverter esse quadro: A Família, a Escola e o Poder Público.












    Fonte:Tiago Rafael dos Santos Alves
    Professor, Historiador e Gestor Ambiental
    Membro Correspondente da ACL
    tiagorsalves@gmail.com